O RU486 sempre mata

Nadine Walkowiak,  a primeira (que se tenha conhecimento) vítima francesa do RU486

Nadine Walkowiak foi, em 1991, a primeira (que se tenha conhecimento) vítima francesa do RU486. A Comissão Internacional de Investigação que tínhamos promovido em 1990 já advertira que essa droga era um grave erro técnico que mataria muitas mulheres. As autoridades sanitárias desse momento, preocupadas sobretudo por questões ideológicas, se omitiram da advertência. O mesmo aconteceu com seus sucessores e com a imprensa sob suas ordens.
A lista das vítimas do RU486 cresce:

  • 01/09/2001: Em Vancouver (Canadá, Colúmbia Britânica) uma mulher morre por causa de uma gangrena originada no útero, que comprometeu órgãos vitais e provocou uma parada cardíaca. Tinha tomado 9 dias antes RU486 + misoprotol (Cytotec) por ocasião de um exame clínico. Esta campanha de exames clínicos dirigida pelo Population Council foi interrompida.
  • 12/09/2001: No condado de Hamilton (EUA, Hamilton Tennessee) Brena A. Vise, de 38 anos, morre por causa de uma infecção massiva resultante de uma gravidez extra-uterina interrompida. Isto aconteceu 5 dias depois de ter tomado RU486 numa clínica de abortos de Knoxville, onde não detectaram a natureza extra-uterina da gravidez, apesar de terem feito uma ultra-sonografia. Processo.
  • 16/11/2002 : Em Alexandrie (EUA, Virgínia) uma mulher de 26 anos faleceu depois de um "procedimento médico" na clínica de abortos Landmark Women’s Center, que utilizava RU486. A clínica ocultou a informação, porém há suspeitas do uso de RU486.
  • A sepultura de Rebecca Tell Berg03/06/2003: Em Uddevalla, Suécia, Rebecca Tell Berg, de 16 anos, morreu depois de ter tomado RU486 (Mifegyne) + Cytotrec. Foi encontrada na ducha, com hemorragia. O procedimento tinha sido respeitado ao pé da letra.
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    Holly Patterson

    17/09/2003: Em Hayward (EUA, Califórnia) Holly Patterson, 18 anos, morre depois de ter visitado o Centro de Planejamento Familiar e ter tomado RU486: infecção uterina. Pelo menos, desta vez, a cobertura da mídia foi importante: Os pais, que não sabiam o que estava acontecendo, expressaram sua dor e sua cólera.

  • Em janeiro de 2004 tomamos conhecimento por meio do ministério da saúde britânico que, a partir de 1991, faleceram duas mulheres como consequência do uso do RU486 na Grã Bretanha (dois relatórios de "reações suspeitas por associação com Mifegyne"). Esta informação - muito provavelmente incompleta - foi divulgada graças a uma solicitação oficial de informes parlamentares, originada pelo caso Holly Patterson.
  • Tamia Russell08/01/2004: Em Detroit (EUA, Michigan) Tamia Russell, 15 anos, morre como consequência de um aborto no segundo trimestre de gravidez. Há suspeitas de que o RU486 provocou a infecção letal. Houve infarto uterino. Os pais não estavam cientes do aborto de sua filha apesar de a lei local exigir a expressão de seu consentimento.
  • 22/10/2001: o Estado chinês comunista proíbe a venda de RU486 em drogarias. Ainda que a imprensa não noticie nada a respeito, tal decisão é certamente consequência das dezenas de óbitos de mulheres, assassinadas por este produto. As autoridades comunistas demonstraram igualmente a sua falta de transparência com o caso da gripe aviária.

O fabricante Roussel-Uclaf, do grupo Hoeschst (ex-IG-Farben, atualmente denominado Aventis) retirou-se da produção do venenoso RU486, dando de presente ao seu antigo dirigente Sakiz (Exelgyn) e à organização eugenista Population Council, que tem os bolsos cheios de dólares.

Na Europa, a produção é atualmente assegurada pelo grupo americano PPG Industries, que fabrica a droga na França, perto de Angers. Em relação à China e à América, o grupo Zizhu se responsabiliza em Shangai. Uma nova aliança chino-francesa (Synergis Pharma) está concorrendo com o padrinho francês.

Na França, depois da morte de Nadine em 1991, nenhuma notícia relacionada com novas vítimas francesas foi dada a conhecer pela imprensa. A omertá é quase total, porém, podemos estimar razoavelmente que dezenas de mulheres perderam a vida pelo RU486, como na Grã Bretanha. Assim, é bastante fácil declarar somente a causa aparente da morte (infecção, problema cardíaco, etc.), sobretudo se estiverem em jogo os interesses das corporações de aborteiros, do planejamento familiar e do Estado que os apóia.

Apesar de tudo, nada os detém na hora de reclamar a distribuição deste veneno nas drogarias, em nome da "saúde das mulheres". O governo francês atual está a seu serviço e se comprometeu a publicar as disposições de aplicação no começo de julho de 2004.

Thierry LEFÈVRE © TDD julho 2004

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